Resultado da pesquisa (2)

Termo utilizado na pesquisa Serra Freire N.M.

#1 - Paralysis in Gallus gallus and Cairina moschata induced by larvae of Argas (Persicargas) miniatus

Abstract in English:

A study was made of the toxic action of Argas (P.) miniatus Koch, 1844, using material collected in the state of Rio de Janeiro, Brazil. This study was conducted in the Iaboratory under controlled temperature and humidity conditions, using chickens (Gallus gallus) and ducklings (Cairina moschata) as hosts. Cutaneous ulcerative lesions were observed after larval attachment. The degree of pathogenicity increased with increasing engorgement of the larvae. Clinical symptoms characterized as tick paralysis were observed in 20 chicks and four ducklings after 3 to 5 days of larval infestation. The most frequent symptoms were: motor incoordination, increased sensibility, paralysis of the feet and wings and ventral flexion of the head. Death resulted from respiratory failure. Post-mortem, the most obvious macroscopic lesions were: atrophy of the spleen, biliary stasis and yellowing of the liver. Histopathological studies showed lesions of the skin, lungs, heart, spleen, kidneys, adrenal glands and Iiver. This is the first reference to the toxic effect or tick paralysis dueto the larvae of A. (P.) miniatus.

Abstract in Portuguese:

A ação tóxica da larva de Argas (P.) miniatus procedente do Estado do Rio de Janeiro foi estudada em condições de laboratório com temperatura e umidade controlada, utilizando-se pintos (G. gallus e patos (C. moschata) como hospedeiros. Lesões cutâneas do tipo ulcerativo foram evidenciadas após fixação das larvas, sendo o grau de patogenicidade mais acentuado quanto maior fosse o estado de ingurgitamento larvar. Sintomas clínicos caracterizados como paralisia, causada pela ação tóxica das larvas do carrapato foram observados em 20 pintos e quatro patos infestados com larvas, 3 a 5 dias após fixação das larvas. Incoordenação motora, aumento da sensibilidade, paralisia das patas e asas e flexão da cabeça para baixo foram os sintomas mais freqüentes, finalizando com morte por parada respiratória. À necropsia as lesões macroscópicas mais evidentes foram: atrofia esplênica, modificação da coloração e friabilidade do fígado e estase biliar. Exames histopatológicos revelaram lesões em órgãos como: pele, pulmão, coração, baço, fígado, rins e glândulas ad-renais. Esta foi a primeira citação de A.P. miniatus como agente indutor de paralisia.


#2 - Biology and susceptibility of Lymnaea cubensis (Mollusca, Lymnaeidae) to infection with Fasciola hepatica

Abstract in English:

Using Lymnaea cubensis Pfeiffer, 1839 collected in valleys in the municipality of Três Rios, Rio de Janeiro State, generations of this species were reared in the laboratory. Egg laying commenced for L. cubensis with 18 days of age at 27-29°C. The number of eggs varied from 3 to 24 per egg-mass with a hatchibility index of ca. 100%. Lymnaea cubensis eggs and individuais of more than 30 days of age did not resist 40 days of deseccation although one-dayold specimens survived; additionaliy, the susceptibility and resistance to infection with the miraddium of Fasciola hepatica L., 1758 and the development of this trematode were studied. At 25-27°C the incubation period of F. hepatica eggs was 11 to 13 days. The individual infection of 3 groups of 80 molluscs with 1-3, 3-5 or 5-10 miracidia of F. hepatica indicated that L. cubensis did not survive to the emergence of cercariae when more than 5 miracidia were used per mollusc. Cercariae emerged 35-36 days post-infection with envirommental temperatures of 27-29°C. The mean number of metacercariae was 78.4 and 108.3 for the groups infected with 1-3 and 3-5 miracidia, less than that observed for L. columella Say, 1817, the intermediate host of F. hepatica in Rio de Janeiro State. Experimentally, the prepatent periods for F. hepatica in various hosts, were found to be: bovine, 71 days; rabbit, 65 days; rat, 41-44 days; hamster, 33-34 days, and mouse, 32-35 days. In the guinea-pig, adult F. hepatica were observed 56 days post infection, with ova in the uterus. A prevalence of 35.8% for fascioliasis was obtained in 475 cattle examined in the municipality of Três Rios. Fascioliasis was not encountered in seven other municipalities studied.

Abstract in Portuguese:

A partir de exemplares de Lymnaea cubensis Pfeiffer, 1839, coletados em valas no município de Três Rios, Estado do Rio de Janeiro, foram obtidas gerações de moluscos criados em laboratótio. L. cubensis iniciou postura aos 18 dias de idade à temperatura de 27 a 29°C. O número de ovos variou de 3 a 24 por postura, com índice de eclodibilidade próximo de 100%. Ovos de L. cubensis e indivíduos com mais de 30 dias de idade não resistiram a 40 dias de dessecação, porém exemplares com um dia de idade sobreviveram. Foram também observadas a susceptibilidade e a resistência à infecção por miracídios de Fasciola hepatica L., 1758, bem como o desenvolvimento do helminto. Em estufa, a 25-27°C, o período de incubação dos ovos foi de 11 a 13 dias. A infecção individual de três grupos de 80 moluscos com 1 a 3, 3 a 5 e 5 a 10 miracídios de F. hepatica mostrou que L. cubensis não sobrevive até à emergência de cercária, quando se utilizaram mais de 5 miracídios por molusco. A emergência de cercárias ocorreu com 35 a 36 dias de infecção em temperatura ambiente de 27 a 29°C. O número médio de metacercárias de 78,4 e 108,3 para os grupos infectados com 1 a 3 e 3 a 5 miracídios respectivamente, foi inferior ao observado para L. columella Say, 1817, hospedeiro intermediário deste trematódeo no Estado do Rio de Janeiro. Foi experimentalmente verificado que o período pré-patente de F. hepatica em bovino é. de 71 dias, em coelho, de 65 dias, em rato, de 41 a 44 dias, em hamster, de 33 a 34 dias, e em camundongos, de 32 a 35 dias; em cobaias com 56 dias de infectados, foi observada, nas vias biliares, a presença de helmintos com ovos no útero. A prevalência da fasciolose entre 4 7 5 bovinos examinados no foco detectado no município de Três Rios foi de 35,8%. Em sete outros municípios não foi encontrada a fasciolose.


Colégio Brasileiro de Patologia Animal SciELO Brasil CAPES CNPQ UNB UFRRJ CFMV